i never said i was deep

sexta: a noite mais rápida da minha vida e os 5 minutos mais felizes da semana
depois de um jantar como gosto, longo, cheio de boa conversa e muitas gargalhadas, fomos parar a um bar que nos convenceu porque estava do outro lado da rua, porque estava a chover e porque o Mário era cliente vip. entrámos e bebemos, quase sempre obrigados, - os mexicanos levam muito a sério a cena de conseguirem convencer as pessoas de cenas - que numa hora bebi as tequilas suficientes pra me fazerem saltar na 2º hora e vomitar na 3º. saí para a rua, não estava numa de esperar e corri debaixo do dilúvio, muito bêbeda, muito à estilo do forrest gump, corri sem parar e sem cair, pelas ruas da cidade do méxico. corria e ria-me e acho que também dei saltinhos e fui feliz enquanto levava com chuva na cara. cheguei a casa, vomitei o que faltava e dormi como um anjo.

sábado: aberrações, choques, mariachis e tacos
nunca tinha saído no centro histórico à noite e como me arrependo, está cheiinho de bom espírito. depois de bar, cervejas e berros fomos parar ao UTA - imperdível - tem tudo, uma sala de rock dos 70's e 80's, outra de dark electro gothic e outra de industrial, um terraço jeitosinho pros fumadores, muitos graffitis, muitos quadros e no top, muitos punks, muitos góticos, muitas mamas, muito látex, muita renda, muita cara branca, muita caveira, muito leopardo, muito dr. martens, muita aberração e muita coisa que ainda não está definida por um estereótipo, o melhor da cidade ali concentradinho - juro!
UTA fecha e seguimos em direcção a Garibaldi, onde se concentram os mariachis, chegámos e levámos choques eléctricos, quanto mais tempo aguentávamos menos pagávamos, parece estúpido, e é! nós os 8, todos de mãos dadas, os extremos a agarrar, cada um, um ferrinho que estava ligado à máquina de volts da senhora que vendia choques. levámos com vários, rimo-nos muito e não lavámos as mãos na hora que se seguiu - recomendação da tal senhora ...
depois de levar com volts, levámos com jarochos (mariachis de Veracruz) - babei, check vídeo - mais umas tantas, mais conversa, mais risota, bate a fome, comemos tacos, bate o sono, taxi, cama.

domingo: mosh à chuva
acordo com um dia lindo, saio de casa com chuva e trovoada, destino: centro histórico, concertos contra a lei arizona, programação: los bunkers, molotov, maldita vecindad y los hijos del quinto patio, jaguares e nortec collective.
5 segundos depois de sairmos do metro já estávamos encharcados, seguimos contentes e a passo de passeio. chegámos ao zócalo e estavam, segundo o jornal reforma de segunda, 75 mil pessoas, todos molhados, todos felizes e todos a dançar. nao dá pra explicar o que aconteceu ali, mas foi, de certeza, do melhor que já passei cá!