it made me love, it made me love, it made me love more

não percebo como podem dizer que o mercado da lagunilla é feio, porco e mau. não vejo nada de mal em juntarmos as tribos urbanas ao domingo à tarde pra beber umas jolas com chile, cheirarmo-nos e comprarmos cenas.
a lagunilla congrega, toda a sua brutalidade, num belo de um caos que me apaixonou, de tal maneira que os meus domingos, mais - ou menos - ressacados, serão por lá.

chegámos e se no início parece uma feira de antiguidades - das giras e das boas - mais uns passos e mergulhamos por tendas de comida, roupa, música, cinema, tatuagens, cabeleireiros, novos designers, sapatilhas da moda, animais, livros, ...,  e mais roupa, mais comida, mais tatuagens, mais música, mais livros, ... interminável e muito pouco recomendável a quem sofre de fobia social.

mas melhor que estar no meio de tudo isto a levar com o puro e verdadeiro suor dos nativos (o que já é por si só brutal), só mesmo dar de caras com uma tenda especializada em filmes mexicanos, comprar uns quantos de culto e trazer outros tantos de borla, fazer amigos e encontrar quem queira como missão passar-me tudo de bom que já se fez por cá na sétima arte (adoro este tique mexicano de saber ser fofo).
por volta das 17h, 18h, o pessoal começa a arrumar as trouxas, mas há quem fique - e não são poucos - a bater o pé e a fazer beershack - da já bebida, entenda-se - nas tendas de música, embaladinhos pelos litros de cerveja e pelo calor do final da tarde fica simplesmente lindo, afinal de contas, todos nós estámos aqui - ali - pra sermos felizes, certo?