eu e as coisas absurdamente encantadoras.

um gay vai pro king cole bar beber, entretanto, enquanto bebe, outro gay vai pro king cole bar beber, ainda era cedo, assim que bebem bastante até começar a ser tarde. reparam que de todos os que entram e saem, eles são os únicos que se mantêm fiéis à vontade de beber e de ali continuar, olham-se várias vezes e começam a falar, como se já estivessem habituados à presença um do outro. um gay vai à casa de banho, o outro gay vai à casa de banho, nenhum dos gays volta, alguém reclama que o wc dos homens está fechado, a eduarda chama os seguranças, os gays saem, com ar apressado, como quem inicia voo, pagam a conta, não dizem nada mas os olhos brilham, respiram mais rápido (parece-me), saem juntos do hotel, (juro) que vão terminar qualquer coisa pra qualquer outro lado, dificilmente mais acolhedor que o nosso wc, mas compreendo a felicidade. o único gajo que tranquei em tempos num wc, ainda é meu gajo!

(penso, os gays nao deixam marcas, nao há baton, nao há perfume de puta barata, não há cabelos de outra cor ou tamanho presos na verguilha, deve haver chupões, penso!é bom que haja chupões.)